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Barca dos Céus participa da 17ª Primavera dos Museus

Portal da UFRN


Diêgo Sales - CCET/UFRN


O Projeto de extensão Barca dos Céus, desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em Ensino de Física e de Astronomia (GPEFA) do Departamento de Física Teórica e Experimental (DFTE), participa, nos dias 22 e 23 de setembro, da 17ª Primavera dos Museus, promovido pelo Museu Câmara Cascudo. Serão ofertadas 35 vagas durante as sessões, e as inscrições poderão ser feitas no Museu, por ordem de chegada.


A mostra, intitulada Dança no Céu, contará com o planetário móvel do projeto para conduzir mediações sobre o eclipse que ocorrerá em outubro, bem como sobre constelações indígenas, além de atividades interativas e demonstrações de maneiras seguras de observar o Sol. A mostra terá duas sessões, sendo a 1ª no dia 22 de setembro, das 14h às 17h; e a 2ª, no dia 23 de setembro, das 9h às 12h e das 14h30 às 17h30. 


Com o objetivo de fazer com que os visitantes entendam como a astronomia se relaciona com o meio ambiente, a ação busca resgatar e valorizar os conhecimentos tradicionais sobre o céu, estimular o contato com os astros e promover indagações que levam as pessoas a pensarem sobre o presente e o futuro do Universo.


Segundo a coordenadora do projeto, Auta Stella, a mostra tem a finalidade de despertar o interesse das pessoas pela astronomia, promovendo, a partir de eventos astronômicos, como o eclipse solar, uma conexão com o céu e com o ambiente. “A gente está trabalhando a popularização da astronomia, as dinâmicas desses astros para as pessoas reconectarem essa percepção que está ligada fortemente a várias coisas que acontecem no ambiente, na nossa vida, nos nossos ritmos”, afirma a professora.


Barca dos Céus


O nome do projeto faz alusão à constelação da Barca, que pode ser vista no céu do Rio Grande do Norte. Esse conjunto de estrelas tem uma importância significativa para os povos tradicionais do estado, como indígenas, agricultores e pescadores. Esses grupos mantêm uma profunda conexão com a natureza e acumularam conhecimentos específicos ao longo de várias gerações. Para essas comunidades, as estrelas servem como referência para se orientar durante atividades, como navegação e caça, bem como para marcar a passagem do tempo e auxiliar em outras tarefas cotidianas.


De acordo com Auta Stella, o nome do projeto é uma forma de valorizar o conhecimento das comunidades tradicionais do Rio Grande do Norte. Durante seu trabalho de pesquisa com agricultores e pescadores nas praias de Pipa (Tibau do Sul), em Diogo Lopes (Macau) e no município de João Câmara, a professora identificou que a constelação faz parte dos conhecimentos dessas comunidades. “Ela está na memória das pessoas, memória dos agricultores, memória de pescadores artesanais. Todo mundo conhece essa Barca, por mais que nem sempre todo mundo continue usando, mas eles conhecem”, diz a professora.