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Projetos da UFRN em tecnologias assistivas recebem reconhecimento do MCTI

Portal da UFRN

Jefferson Tafarel - Agecom/UFRN


Duas pesquisas desenvolvidas na UFRN receberam prêmio da empresa pública Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em evento do Seminário Marco Zero do Sistema Nacional de Laboratórios de Tecnologia Assistiva (SisAssistiva), que aconteceu no dia 11 de julho, em Brasília (DF). Os premiados da universidade foram os pesquisadores Hélio T. Farias, professor e chefe do Departamento de Arquitetura (Darq), e Sheila Balen, do Departamento de Fonoaudiologia (DepFono). 


Hélio Farias conseguiu o reconhecimento pela sua pesquisa com o projeto Inovação, Tecnologia e Acessibilidade: soluções e projetos voltados para o desenho universal e a comunicação acessível. Já Sheila Balen foi agraciada no evento pelo seu projeto Rede de Laboratórios para o Desenvolvimento e Validação de Tecnologias Móveis e Acessíveis para a Deficiência Auditiva nos Ciclos da Vida.


Por meio do edital do Finep, o pesquisador do Darq está implementando uma unidade dedicada às tecnologias do seu projeto: o chamado Laboratório de Inovação em Tecnologia e Acessibilidade (LITA), que vai agregar pesquisadores de oito departamentos, aumentando as produções científicas voltadas às pessoas com deficiência. “O LITA integra-se a mais de quarenta outros Laboratórios do país, que também desenvolvem tecnologias assistivas, através da rede SisAssistiva, e ao setor empresarial do RN através da presença de salas de coworking, construindo um ambiente de inovação e troca de ideias”, explica Hélio. 


Assim, o objetivo do LITA é lidar com produtos que atendam o público-alvo diretamente, construindo projetos e assessoria em acessibilidade arquitetônica; mapas e modelos táteis; aplicações eletrônicas e de automação para acessibilidade; mobiliário acessível. “No caso deste projeto, que tem atuação largamente interdisciplinar, a arquitetura contribui na produção de projetos de acessibilidade arquitetônica, de mapas táteis legíveis por pessoas com deficiência visual e de mobiliário que possa ser usado de maneira universal ou customizado para as necessidades específicas dos usuários”, complementa o chefe do Darq.


“Nós temos quatro laboratórios que pertencem a uma rede — UFRN, USP, UFPB e UFS —  além de colaboração com outros países (Estados Unidos, África do Sul e Holanda)”, explica Sheila sobre as tecnologias desenvolvidas pelos seus projetos para o público-alvo. “Nosso projeto visa desenvolver tecnologias móveis para identificação de deficiência auditiva. Contamos com o desenvolvimento de dois aplicativos: em um deles vai estar um teste de avaliação da audição, que é baseado na escuta de áudios com ruído; no outro há uma audiometria automatizada, com foco em crianças e adultos, que busca ‘gamificar’ a identificação de surdez ou perda auditiva”, afirma a pesquisadora.


No primeiro produto, a relação sinal-ruído vai se tornando mais complexa, para de fato aferir a capacidade auditiva, enquanto no segundo há uma integração maior para tornar mais acessíveis os testes para essas deficiências. “São tecnologias que podem estar nas mãos das pessoas para verificar quem é surdo ou tem perda auditiva, além de auxiliar na rede de saúde pública nos fluxos de atenção primária e especializada”.