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Professora do Centro de Educação ganha Prêmio Pesquisador Destaque

Portal da UFRN

Por Agecom/UFRN

Realizada anualmente pela Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq), a 7ª edição do Prêmio Pesquisador Destaque da UFRN reconheceu a pesquisadora do Centro de Educação (CE), Débora Regina de Paula Nunes, que atua no Departamento de Fundamentos e Políticas de Educação (DFPE). A pesquisadora recebeu o prêmio por realizar estudos significativos para o desenvolvimento da ciência. Ela irá participar como conferencista no 36º Congresso de Iniciação Científica e Tecnológica (CICT), a ser realizado entre os dias 3 e 7 de novembro. 


“Foi a primeira vez que me inscrevi [para a premiação]. A notícia do reconhecimento foi uma surpresa muito bacana! Não esperava esse resultado. Sinto-me imensamente honrada em receber esse prêmio”, expressa Débora. A pesquisadora também indica que o reconhecimento é um reforço para prosseguir com estudos no campo da Educação Especial, com a convicção de que a educação deve ser sempre um direito de todos.


Débora Nunes também é pesquisadora em educação para pessoas com Transtorno do Espectro Autista. Foto: Cícero Oliveira


Desde 2006, Débora Regina Nunes é docente do núcleo de disciplinas voltadas à Educação Especial da Universidade. “Fundamos o Laboratório de Tecnologia Assistiva do Centro de Educação (LATECE), espaço no qual tenho me dedicado, junto a graduandos e pós-graduandos, a investigar temas que me movem profundamente, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA), a formação docente, a Comunicação Alternativa e Aumentativa, os fatores familiares e as práticas baseadas em evidências”, explica. Atualmente, Débora está como coordenadora do Laboratório. A trajetória da pesquisadora se iniciou na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde cursou Bacharelado em Psicologia em 1997. Em seguida, concluiu o Mestrado em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em 2000, e o Doutorado em Educação Especial pela Florida State University, em 2005.


“Foi nesse universo que iniciei minhas pesquisas como bolsista de iniciação científica na área de Educação Especial, investigando o uso da Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA) para educandos com Necessidades Complexas de Comunicação (NCC). Foi nesse grupo que nasceu meu encantamento pelos estudos com educandos com TEA”, detalha a pesquisadora. 


Nos anos 2000, ela também participou da Base de Pesquisa sobre Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais. “Nesse ambiente acolhedor, tornei-me professora universitária e consolidei minha história como pesquisadora, atuando tanto no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED) quanto no Programa de Pós-Graduação em Educação Especial (PPGEEsp)”, destaca.


Além dos alunos, Débora Nunes também contribui com projetos que visam aproximar pais e professores da educação dos estudantes com necessidades complexas. Foto: Cícero Oliveira


Há uma frase de Guimarães Rosa que, para ela, traduz com delicadeza a essência de sua trajetória: ‘O correr da vida embrulha tudo; a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.’ “Venho de uma família de educadores. Meus pais, ambos psicólogos, professores e pesquisadores na área de Educação Especial, sempre foram uma referência profunda em minha vida”, relata. “Ao lembrar da frase do escritor, reconheço que este prêmio é também um convite à continuidade: coragem para seguir pesquisando, ensinando e aprendendo, com a convicção de que a educação deve ser sempre um direito de todos”, afirma.


Neurodivergência em estudo


Os estudos desenvolvidos com foco no autismo e em educandos com NCC procuram verificar o contexto em que está inserido o aluno com a condição. As pesquisas aplicadas nesse âmbito abrangem amplamente a educação básica. 


“Utilizo metodologias experimentais e quase-experimentais, com destaque para o delineamento de sujeito único, que permite investigar de forma aprofundada o impacto das intervenções. Minha trajetória inclui projetos voltados à capacitação de cuidadores (pais) e professores que atuam em contextos escolares – desde a educação infantil até o ensino médio – e também em contextos não escolares, como residências de alunos e instituições especializadas, entre elas a Associação de Pais e Amigos dos Autistas do RN (APAARN)”, descreve Regina. Além do CAA, suas pesquisas têm como resultado também a adaptação curricular por meio do Plano Educacional Individualizado (PEI). 


A pesquisadora afirma que a premiação irá ajudar no custo de insumos para recursos de acessibilidade pedagógica. Foto: Cícero Oliveira


Um dos efeitos do reconhecimento é o financiamento de mais materiais para o laboratório coordenado por ela. “O prêmio será fundamental para fortalecer as atividades do LATECE. Os recursos serão destinados à aquisição de materiais de consumo e permanentes, como brinquedos adaptados e outros recursos de acessibilidade pedagógica para estudantes com deficiência”, detalha. 


“Nosso objetivo é montar uma sala de recursos multifuncional, que ficará aberta à visitação de licenciandos da UFRN e de professores da rede pública. Nesse espaço, eles poderão conhecer, experimentar e até emprestar alguns dos recursos desenvolvidos, ampliando assim o alcance das práticas inclusivas e o impacto social do nosso trabalho”, acrescenta a pesquisadora.


Fonte: Agecom/UFRN. Texto: Jefferson Tafarel; Edição: Hellen Almeida; Fotografia: Cícero Oliveira; Revisão: Beatriz de Azevedo.